Foto: Serra d' Opa

Esta gazetilha regional é uma
homenagem modesta à
«Gazeta do Sabugal» (1926/28),
criada pelo casteleirense e ocelense
Dr. Joaquim Mendes Guerra.

As Beiras vistas do alto da Serra d' Opa!


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Ditos populares (3)






  • Elvira Nobre Com o rei na barriga

    A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.
  • Elvira Nobre Tapar o sol com a peneira

    Peneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objecto é permeável à luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.
  • Elvira Nobre Sangria desatada

    Diz-se de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.
  • Elvira Nobre Cor de burro quando foge

    A frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem sentido porque, o burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase e “corra” acabou virando “cor”.
  • Elvira Nobre Quem não tem cão caça com gato

    Se você não pode fazer algo de uma maneira, se vira e faz de outra. Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.
  • Elvira Nobre Queimar as pestanas

    Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.
  • Elvira Nobre A toque de caixa

    A caixa é o corpo oco do tambor que foi levado para a a Europa pelos árabes. Como os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os soldados marchavam a toque de caixa. Atualmente, refere-se a uma tarefa que se tem de fazer rapidamente, eventualmente a mando de alguém ou mesmo à força.
  • Ana Rosa Bairras E quem fala assim, não é gago
    há 9 minutos · Gosto · 1
  • Josécarlos Mendes Atenção, Ana Rosa Bairras. Não é «A cavalo dado, não rilha o dente». É «A cavalo dado, não se ollh' ò dente»... 
    há 8 minutos · Editado · Gosto · 1
  • Ana Rosa Bairras Penso que se dizem as duas versões, de qualquer modo, obrigada pela correção
  • Manuel Manso Nunes Os ciganos e os nossos maiores, antes de negociarem um equídeo, afastavam-lhe os beiços e estudavam-lhes os beiços. Por esse método (desgaste do dente) conseguiam saber a idade aproximada do animal e mesmo se tinha alguma doença!
    "RILHAR" é sinónimo de RANGER...
    há 4 minutos · Gosto · 2
  • Manuel Manso Nunes Esclarecidos meninos Ana Rosa eJosécarlos?
    há 3 minutos · Gosto · 1
  • Josécarlos Mendes Uma que se usa no Casteleiro e que hoje se aplica ao País (quase) todo que nem ginjas: «Chapa ganha, chapa gasta». Jogo à parte, Eu digo «o País quase todo» por causa disto:http://www.ionline.pt/.../portugal-ricos-cada-vez-mais... ... ... ...

    www.ionline.pt
    Numa altura em que a riqueza disponível em Portugal é cada vez menor, os mais ri...Ver mais
  • Josécarlos Mendes

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